O que levar em conta ao realizar uma compra à vista ou a prazo?

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Publicada em 21/03/2019


A Boa Vita tem algumas dicas que ajudam avaliar os critérios que realmente impactam nessa decisão

21 de março de 2019 –  A maioria dos educadores financeiros afirma que pagar à vista uma compra é a melhor prática para quem deseja manter o controle de suas finanças, porque assim evita dívidas futuras. No entanto, essa decisão depende da análise de inúmeros fatores, por isso, para contribuir com a análise do consumidor no momento da sua tomada de decisão, a Boa Vista tem algumas orientações.

A urgência na compra é fator determinante para a decisão de pagar à vista ou parcelado, caso não haja dinheiro disponível no momento. Por exemplo, se há a necessidade de comprar uma geladeira ou um par de óculos, que quebraram. A compra parcelada vai possibilitar adquirir o item imediatamente caso o consumidor não tenha o dinheiro. Afinal, não é possível ficar sem geladeira e nem sem os óculos. Neste caso, o que vai determinar na decisão é a ponderação. 

A compra parcelada pode evitar, inclusive, de cair no crédito rotativo do cartão ou nos juros do cheque especial, normalmente muito mais altos do que os de um parcelamento. Se o consumidor tem o dinheiro, mas o pagamento à vista vai deixá-lo sem reserva financeira, é preferível parcelar. Pois se surgir alguma emergência, terá recursos financeiros e não necessitará entrar no cheque especial.

É também vantajoso comprar parcelado quando não há desconto no pagamento à vista. Se tiver o valor para pagar a compra de uma só vez – e se o consumidor for organizado financeiramente –, opte pela compra parcelada, pague a primeira parcela e aplique (pode ser na poupança) o valor restante. A ideia é retirar mensalmente a quantia de cada parcela para quitá-la. No fim do prazo, o consumidor verá que teve um rendimento, que pode parecer pouco, mas não deixa de ser um lucro.

Pagar em parcelas é uma boa opção para quem precisa adquirir algo que vai trazer benefícios futuros.
Exemplos: se o consumidor necessitar de um carro novo, um equipamento qualquer, um computador ou outros bens que serão utilizados para o trabalho e vão gerar renda. Ou até mesmo para fazer um curso, que será fundamental para o desenvolvimento profissional.

Faça as contas antes de parcelar
Antes de fazer qualquer parcelamento, é fundamental verificar o orçamento doméstico para ter conhecimento de que o valor a ser desembolsado mensalmente não irá deixar no vermelho. Se o consumidor não sabe como prepará-lo, a Boa Vista orienta baixar gratuitamente a “Cartilha do Orçamento Doméstico”, no portal Consumidor Positivo – www.consumidorpositivo.com.br. 

Dinheiro está aplicado
Será que vale a pena sacar o dinheiro aplicado para comprar à vista? Ou será que o rendimento compensa os juros do valor parcelado? A decisão deve ser tomada com base no rendimento do valor que está investido, nos juros das parcelas do que se pretende comprar e no desconto oferecido para o pagamento à vista.

Primeiro é bom saber que, conforme a Resolução 3.517/07, do Banco Central, quem vai ceder o crédito é obrigado a informar a composição do Custo Efetivo Total (CET), detalhando os encargos que compõem o financiamento. O CET é a taxa que considera todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito contratadas. Nele estão a soma de taxas de juros, os tributos, as tarifas, o IOF, o seguro e as demais despesas do contrato de financiamento ou parcelamento. Sabendo o que é CET e conhecendo o valor dos rendimentos de sua aplicaçãoo consumidor deve fazer o cálculo dos juros que pagará na compra a prazo.

Para ajudar a fazer esta conta, uma boa ferramenta é a Calculadora do Cidadão, do Banco Central. Com ela é possível fazer várias simulações, como de cálculo de tempo que um empréstimo será quitado tendo como informação o valor, a taxa de juros e o valor de cada prestação. Outra possibilidade é conhecer a porcentagem de juros sabendo-se o número de parcelas, o valor delas e o preço à vista. Pode-se ainda calcular o valor da prestação digitando na calculadora o valor do bem, o número de parcelas e a taxa de juros. Por fim, o cálculo do valor total, tendo como informação o número de parcelas, o valor de cada uma e a taxa de juros. 

Tendo feito os cálculos, o consumidor saberá se a taxa de juros do bem parcelado é maior ou menor do que a rentabilidade da sua aplicação. Estas informações vão impactar na sua decisão de comprar à vista ou parcelado.

Se durante o prazo de pagamento sobrar algum dinheiro, é possível quitar as demais parcelas de uma só vez, aproveitando, é claro, para negociar os descontos dos juros futuros.

 

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